Título: | A QUESTÃO DAS INTERAÇÕES EM AMBIENTES DIGITAIS |
Autores: | Aguinaldo Gomes de Souza |
Resumo: | Neste trabalho, temos por objetivo fazer uma retomada de algumas pesquisas anteriores feitas por nós desde o ano de 2007 até o ano de 2010, a fim de apontar possíveis alterações teóricas que corroboram para o tratamento dado por nós a respeito das interações online. Desse modo iniciamos por revisitar o conceito de gênero digital e dialogia nas interações e relações online o que nos leva a constatação de que no fazer da técnica o voltar-se-um-ao-outro é o que constitui a base da dialogia. Nessa direção verificamos também que a técnica informática no curso de seu desenvolvimento deixa em evidência muito da intersubjetividade de quem a cria, isto é verificado quando se considera que no processo de desenvolvimento de software são mobilizadas várias subjetividades que se deixam mostrar nos elementos sígnicos dos softwares. |
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Trilha Principal: | Linguagem e Tecnologia |
Trilha Opcional: | Produção Textual no Computador |
Área do conhecimento (CNPq): | Linguística, letras e artes |
Instituição: | UFPE |
Palavras-Chave: | gêneros digitais, software, interação online, dialogismo |
Mesa (1): | Bárbara Amaral da Silva |
Mesa (2): | Carlos Alexandre Rodrigues de Oliveira |
PALCOS DO EVIDOSOL/CILTEC-Online
A QUESTÃO DAS INTERAÇÕES EM AMBIENTES DIGITAIS - Aguinaldo Gomes de Souza
Primeiramente, gostaria de dar boas-vindas aos autores deste trabalho e também àqueles que participarão conosco das discussões aqui no fórum! Portanto, sejam bem-vindos ao Encontro Virtual de Documentação em Software Livre e Congresso Internacional de Linguagem e Tecnologia Online. Acredito que juntos podemos construir conhecimento.
Aproveito também para iniciar a nossa conversa. O artigo intitulado “A QUESTÃO DAS INTERAÇÕES EM AMBIENTES DIGITAIS” se mostra deveras inovador ao retomar conceitos de certa forma cristalizados, a exemplo do dialogismo. Juntamente à elucidação desta perspectiva, para ilustrar de modo mais concreto a ideia do artigo, exemplifique como as várias subjetividades de alguém que cria um software poderia se evidenciar, por exemplo.
Desde já agradeço imensamente a participação de vocês!
Att, Bárbara Amaral da Silva
(Doutoranda em Estudos Linguísticos, UFMG).
Olá Bárbara. Neste artigo eu passo em revista algumas posições que foram construídas em trabalhos anteriores, como por exemplo o conceito de gênero digital. Além disso aponto como as relações dialógicas estão presentes no desenvolvimento e uso de software. A intuição é mostrar que as pessoas interagem através de softwares e que o software é o ambiente físico da enunciação. Estou disponível para dialogar. Desde já agradeço a oportunidade.
Aguinaldo, como já comentei, o trabalho é inovador em vários pontos. O que me chamou mais a atenção foi a questão da subjetividade de quem cria os softwares. Como essa subjetividade pode aparecer e como ela, possivelmente, influenciaria na interpretação da interação?
Att,
Bárbara
oi Bárbara, isso que você pergunta foi o que direicionou a pesquisa que resultou no artigo "como os sofwares são fabricados: um olhar ergolinguístico". Neste artigo foi verificado que os desenvoldores de softwares deixam nas interfaces marcas de suas presenças. Essas marcas são enunciados que vão desde mensagens na interface para o usuário até um enunciado simples como 'minimizar'... além dessas mensagens nas interfaces os desenvolvedores deixam alguns elementos semióticos como: os ícones, menus, botões. A pesquisa mostrou que esses enunciados e elementos semióticos são formas da presença de outro que ajudam o interactante, o sujeito que utiliza esses softwares, a construirem sentido e se guiarem por camadas de informações. Esse movimento é duplo, de um lado o sujeito está interagindo com enunciados de um desenvolvedor e de outro utiliza esses enunciados para interagir com outros sujeitos.
Boa Tarde! venho parabenizar pelo trabalho. As interações em ambientes digitas são uma realidade, que a cada dia mais se consolida em nossa sociedade contemporânea.
Parabens pelo trabalho. Acho bem interessante falar de interacao online, ja q um dos objetivos dos cursos EAD e a interacao. Uma pena q alguns cursos esquecem disso...
obrigado. Verdade!!! um dos pontos de um curso EAD deveria ser a interação entre os sujeitos e a interação entre o software que permite o acesso do estudante ao curso.
Sim, já estive dos dois lados, como tutora on-line e como aluna de EAD. Em todas as minhas experiências, a tecnologia foi subestimada no sentido de que a interação foi mínima e de que houve apenas uma transposição do modelo tradicional e não a construção de uma nova prática educacional, aproveitando-se os vários recursos tecnológicos disponíveis.
Acredito que o fato de a interação ter sido mínima, o que também percebo na disciplina da qual faço parte como tutora, está relacionada a vários problemas, e não apenas aos modos como a interação acontece/deveria acontecer. Penso que, de modo geral, o preconceito em torno do EAD, de que seria mais fácil ou menos importante que um curso presencial, também influencia na interação. o que vocês pensam?
Oi Bárbara, de fato uma série de fatores pode interferir no processo em EAD. Acredito que um software (ambiente ead) fácil de usar, bastante responsivo e que permita a intereação por vídeo, texto etc entre os participantes (estudantes, professores e tutores) possa colocaborar para o engajamento discente. De fato as pessoas pensam que a educação a distância é mais fácil que a educação presencial, há também aqueles que acreditam que o um diploma obtido por meio da educação a distância seja menos importante ou tenha menos valor que um presencial. Ledo engano, não existe diferença. O jeito é apostar nessa nova geração e conscientizar a respeito disso, um dos caminhos para a apropriação talvez passe pelo ensino híbrido.
eu mesmo já desisti de um curso online por conta do ambiente ead que não era responsivo, não me permitia interagir com os colegas de curso, não me permitia interagir fácil com os tutores etc. Um software interativo não é tudo, mas ajuda muito
Com certeza, compreendo o que você diz. Devido à disseminação das tecnologias e da internet ser, de certo modo, recente, ainda temos um longo caminho até chegarmos a modelos melhores para a interação. Até lá, além do aprimoramento tecnológico, com certeza temos que investir na conscientização sobre o EaD.
Parabéns ao autor pelo trabalho apresentado. Achei muito pertinentes e interessantes as discussões apresentadas aqui nas postagens. Um estudo que realizei ressalta essa questão das relações dialógicas entre o usuário e um recurso educacional aberto e o quão importante é essa interação na construção de sentidos.
Sucesso!
obrigado pela participação de todos. Qualquer coisa podem me encontrar no endereço www.aguinaldogomes.com