Autor: | Geraldo José Rodrigues Liska |
Resumo: | Com a finalidade de nos aprofundar sobre o aprendizado do léxico em idade escolar e a utilização de jogos digitais como ferramentas de ensino, selecionamos alguns jogos gratuitos e expusemos seus aspectos técnicos e mecanismos, como layout, interatividade, diversão e jogabilidade, associando-os a fatores que contribuem para o aprofundamento de uma dimensão mais importante do estudo do léxico e da relação entre a língua e a existência do falante ao contrário de aspectos formais secundários de ordem meramente sistêmica. Esperamos que este trabalho abra caminhos e proporcione pesquisas mais avançadas que reflitam sobre a importância do léxico para o aprendizado da língua (no nosso caso, tratamos da materna, mas pensamos também em outras modalidades) e que essa reflexão repercuta na produção de materiais e recursos didáticos, como a proposta de jogos que visem ao desenvolvimento da competência lexical. |
LEIA Artigo Completo em PDF: | |
Trilha Principal: | Mídia-educação |
Trilha Opcional: | Educação e Tecnologias |
Área do conhecimento (CNPq): | Letras |
Instituição: | Universidade Federal de Alfenas |
Palavras-Chave: | Jogos digitais; Gamificação; Ensino do léxico; Ensino de português. |
Mesa (1): | Sayonara Costa |
Mesa (2): | Mauricio Teixeira Mendes |
Mesa (3): | Ana Cláudia Santos |
Bom dia, Geraldo!
Parabéns pelas pesquisas realizadas. Enquanto professora da rede pública reconheço a importância da temática defendida.
Vc conhece algum grupo que esteja desenvolvendo algum game que atenda às necessidades apresentadas em seu artigo?
Grande abraço!
Boa tarde.
Parabéns pelo trabalho de extrema importância.
Gostaria de saber se houve algum tipo de aplicação dos jogos apresentados.
Abraços,
Natália
Bom dia, Natália! Testar o jogo com os estudantes será o próximo passo da pesquisa! Terminei o doutorado e hoje estou na metade da graduação em Jogos Digitais. Depois dessa busca por games e testá-los, pretendo ainda desenvolver um jogo que vise ao estudo do léxico e aprendizado de língua!
Muito interessante Geraldo. Estou fazendo um projeto sobre uso das tecnologias para ensino do xadrez pedagógico nas escolas. Infelizmente ficamos limitados a renovar devido a realidade escolar. Não adianta procurarmos inovar, fazer algo grandioso que não será colocado em prática. Então tenho buscado analisar o que pode ser empregado conforme a realidade de cada instituição .
Concordo com você, Tielle, e agradeço pelas contribuições! Realmente é um desafio propor algo que possa ser aproveitado efetivamente depois! Minha intenção ao me graduar em Jogos Digitais era conhecer melhor esse mundo (no viés acadêmico) e quem sabe eu mesmo elaborar um jogo, sem ser aquele pessoa que escreve para somente para criticar, como fiz com este trabalho hoje! Seguimos em frente!!!
Geraldo estamos no caminho certo. Procurar o conhecimento é de suma importância para uma prática docente mais rica e significante. Críticas são sempre bem vindas, sendo ela com o objetivo de ajudar de alguma forma, é construtiva no processo do conhecimento.
Verdade, Tielle! Todas as críticas são muito bem-vindas, até porque ainda estou em um projeto em desenvolvimento. Portanto, tudo o que puderem comentar para que eu possa repensar o caminho, é muito válido!!!
Ah, e para quem se interessar, minha graduação em Jogos Digitais é pela Unifran. Achei um polo na mesma cidade onde moro pelo site do QueroBolsa, que ainda me deu um desconto bacana e pago 189 por mês!
Bom dia, Eliana! Existe um jogo chamado Scribblenauts (https://www.scribblenauts.com/), em que o personagem tem um tipo de caderno mágico, onde muita coisa que é digitado aparece na tela para resolver as pequenas missões ao longo do jogo. Se você encontra um gato doente, por exemplo, pode digitar 'remédio' e o item aparece ou 'veterinário' e surge na tela o profissional. Testei com a palavra 'veneno', o animal morreu e a missão foi reiniciada. Ou seja, não vale qualquer palavra!
Se precisa chegar a um nível mais alto a que o personagem consegue pular, pode digitar 'escada' ou chamar um 'dinossauro' e subir nele. São várias as possibilidades!
Eu conheci pelo Nintendo DS, mas já consegui baixar pelo celular (acho que não posso postar o passo a passo aqui por infringir direitos autorais!). Se conseguir testar esse jogo, vale muito a pena, inclusive para outras línguas: inglês, francês, alemão, italiano e espanhol!
Geraldo, vou testar o jogo. Obrigada por compartilhar.
Abraço!
O trabalho é muito interessante, é uma nova maneira de ensino do léxico . Carecemos de ferramentas e ideias para o ensino de uma gramática menos excludente e reflexiva. Já deixo uma provocação para os autores. Gostaria que dessem mais informações sobre um dos aplicativos citados no trabalho. Um passo a passo mesmo, ou link de vídeos ou sites que ensinem a operacionalização dos Apps.
Bom dia, Maurício! Agradeço muito pela dica! Eu ainda pretendo propor um game que possa ser trabalhado com os alunos, como o Scribblenauts, pois aqueles exemplos que dei na verdade são de games que visam à memorização de regras gramaticais e classificação de palavras e vão de encontro ao meu objetivo. Quem sabe, no futuro, eu possa trazer um jogo feito por mim!
Olá Geraldo.
Fico na torcida!!!
Caso desenvolva algo, compartilhe conosco.
: )
Ha! braços
Semestre passado na Pós Graduação, o professor Aderlande Pereira Ferraz ministrou uma disciplina sobre a abordagem lexical no ensino de português da educação básica. Foi muito discutido como que, na prática, estamos há anos de luz de fazer isso em sala de aula; imagino, então, quando se tenta aliar essa abordagem e os games. Conclua seu curso em jogos digitais e inove, crie jogos que sejam profícuos no aprendizado do léxico!
Boa tarde, Jeander! Fico muito feliz com a sua postagem! O Prof. Aderlande é muito querido para mim! Foi meu orientador no mestrado e no doutorado! Foi pensando numa forma diferente de trabalhar o léxico, que seja realmente significativa! Vamos ver! Mais uma vez, muito obrigado!
Fico muito feliz que tenha sido orientado por ele! Uma grande pessoa!!! Sucesso!!!
Boa noite caros colegas! Como educador e amantes das tecnologias percebo a importância de sua utilização como ferramenta no contexto do ensino aprendizagem, inclusive o meu TCC na época da graduação tratou de um assunto semelhante ao deste artigo. Parabéns pelo trabalho!
Olá, Geraldo!
Boa noite!
Inicialmente, parabéns pelo artigo!
Trata-se de uma abordagem temática imprescindível.
No curso de graduação em Letras, produzi um artigo sobre criatividade lexical na rede social digital Facebook. À época, o artigo fez muito sucesso.
Abraço!
Bom dia, José Ignácio! Muito obrigado pelos parabéns! Trabalhar com o léxico para mim é gratificante! Seu trabalho sobre a criatividade lexical no Facebook está publicado em algum lugar? Se puder, por favor, me envie o link! Muito obrigado!
Bom dia, Lucas! Muito obrigado! Seu TCC ou algum produto referente a ele está publicado em algum lugar? Se puder, me envie o link para conhecer melhor!
A utilização de recursos tecnológicos tem sido necessários para uma educação mais significativa. Nossos alunos são nativos digitais, e nos professores somos imigrantes digitais, e com isso devemos perceber a necessidade desses alunos por uma mudança nas metodologias utilizadas nas escolas.
Boa noite!
O presente artigo ja deu inicio, algum projeto que auxilia a interação de jogos voltada a area da educação.
Muito bom artigo, usando meios tecnologicos e de divertimento para aprimorar o ensino.
Muito obrigado, Hugo! Estou começando com pequenos passos, mas pretendo ainda fazer algo diferencial!
Boa noite, Geraldo!
A construção do léxico representa um grande esforço para ampliar e qualificar a participação na vida social. Há várias metodologias utilizadas nas escolas para que o aluno amplie seu léxico. Os games parecem ser bons nesse sentido, muito embora, como você escreveu, há aqueles que não possuem bom nível de interação e que se parecem com as listas de palavras que você mencionou.
Da leitura de seu artigo chamou minha atenção a palavra repetibilidade. Trata-se da quantidade de vezes que um game é utilizado, certo?
Obrigado pela atenção. Parabéns pelo trabalho.
Oi, Pedro! realmente ainda é um desafio criar atividades que ão se pareçam com listas de palavras! A palavra 'repetibilidade' pode soar estranha no contexto, dá a ideia de algo mecânico. Na verdade, ela se refere à vontade de o jogador querer continuar o jogo. Então deve haver um certo grau de repetibilidade para que eu considere um game como produto de sucesso ou não.
Olá, Geraldo!
Gostei muito de artigo, já conhecia e analisei o Escola Games, concordo com você que as crianças (posso falar do meu filho) se divertem mas não equiparam esses jogos educativos aos games. De fato, há nuances diferentes. Mas não acho que isso desmerece tais jogos. Já evoluiram bastante se comparados às atividades remidiadas de um tempo atrás. Fiquei encantada com sua gradução em Jogos Digitais.
Isso mesmo, Denise! O Escola Games não é ruim, só que não atende aos propósitos de ensino de léxico defendidos no trabalho: um ambiente de interação de fato. Para atividades de memorização, é excelente. Mas não é o que acredito como uma proposta para o letramento, por exemplo! Apresentei um trabalho uma vez em que utilizei o Game da reforma Ortográfica (http://www.livroclip.com.br/livrogames/games/fmu/fmu.html). É excelente para quem está estudando para um concurso, por exemplo!
Abordagem bastante atual, já que o dinamismo que existe entre alocutários torna a língua viva, o que faz com que o léxico sempre se renove. A associação entre jogos e o uso de termos e expressões atribui significados mais realistas e significativos para os educandos. O artigo tece considerações importantes para que o trabalho em sala de aula, segundo tal perspectiva, se efetive e (re)direcionando a prática docente.
Abraços.
Ana Cláudia, vc resumiu o que defendo! É isso mesmo! Ambientes em que a língua possa ser praticada de fato!
Uma experiência bastante rica e muito significativamente para uma melhor compreensão acerca da função dos jogos no aprendizado do léxico.
Geraldo, me chamou a atenção uma citação que você fez do Leffa (2012), em que ele diz que existem "exercícios animados que vestem-se como games, mas estão despidos de qualquer coisa que lembre um jogo". Afinal, quais são as 6 características esperadas no design de jogo, segundo Gee (20013;3004;2005;2008;2014)?
(1) Determine um objetivo principal e secundários;
(2) Ofereça tarefas claras e pequenas;
(3) Apresente tarefas mais difíceis conforme a progressão no jogo;
(4) Não permita que o jogador falhe logo no começo, para não desestimulá-lo;
(5) Crie um desafio usando elementos de jogo e mecânica, considerando cada tipo de jogador;
(6) Deixe que o jogador assuma o controle, mas não permita que ele se perca ou fique preso a ponto de desistir do jogo.
Parabens pela pesquisa de voces, eu sei como e dificil trabalhar na rede publica e tentar inovar na area de educacao. So uma sugestao, vcs ja usaram a plataforma ELO para a producao de games? E muito boa e facilita muito a vida da gente. Um abraco e boa sorte.
carlasobreira
Oi, Ana Carla! Não conheço a plataforma Elos! Poderia me passar o link? Fiquei curioso!
Prezados autores,
É muito interessante a proposta de avaliar os jogos digitais educativos, pois é comum pensarmos que, por se tratar de uma plataforma online a forma de ensino terá características não tradicionais. No entanto, não é isso o que foi encontrado pela pesquisa, muito pelo contrário, sendo que os jogos avaliados eram baseados na memorização de regras e formas. Segundo Antunes (2009)*, essa forma de ensino corresponde a uma visão reduzida de língua, a qual a compreende como um conjunto potencial de signos, desvinculada de suas condições de uso e centrada na palavra e na frase isoladas. Essa concepção desconsidera os efeitos de sentido pretendidos pelos interlocutores e as finalidades comunicativas envolvidas. Assim percebo este artigo como um alerta importante para que os professores possam ter em mente que nem todo jogo digital está alinhado às perspectivas mais amplas de língua, o que promoveria de fato o desenvolvimento da competência lexical do aluno.
*ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola, 2009. 237 p.
Muito obrigado pela observação, Kenya! Gosto muito dos trabalhos da Profa. Irandé Antunes! O que ela escreve é sensacional!
Boa tarde!
Tema proposto excelente, pois existem alguns jogos que tem um certo deficit de aprendizagem aos alunos; uma avaliação faz-se necessária para saber se realmente oferecem possibilidades reais para que o aluno adquira conhecimento necessário.
Exatamente, Fransciele! Com essa avaliação, espero depois criar um jogo com propósitos educativos, mas sem aquela coisa um pouco massante de conteúdos. Vamos ver!!!
Parabéns pelo tema!
muito interessante essa colocação de jogos digitais no aprendizado dos alunos.
Muito obrigado, Sônia! Está sendo uma experiência encantadora!