Autores: | Eliana Alice Brochado, Gabriel Gerber Hornink |
Resumo: | As tecnologias digitais educacionais têm estado presentes na vida de professores e alunos. No entanto, como recurso pedagógico, em sala de aula, aparece com pouca frequência. Com base nessas informações, desenvolvemos um Estudo de Caso (EC) exploratório e descritivo, de natureza aplicada, com abordagem mista, objetivando compreender como os alunos se apropriavam de Narrativas Digitais (ND) ao usarem uma linguagem de programação lúdica chamada Scratch. Para a produção dos dados, valemo-nos da técnica de observação participante com anotações em Jornal de Pesquisa, elaboramos um teste (Teste dos estados emocionais - TEE), analisamos qualitativa e quantitativamente as produções em si, que foram elaboradas por alunos de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental em aulas de Língua Portuguesa. Nossas reflexões basearam-se nos princípios das teorias socioculturais de aprendizagem, mais especificamente de Wertsch (1993, 1999), criador da Teoria da Ação Mediada (TAM), e dos estudiosos do letramento, Barton e Hamilton (2004) e Street (2014). Os resultados apontam que o Scratch, visto como uma ferramental cultural, pode favorecer o processo de apropriação de ND e, com isso, facilitar o trânsito do aluno por diferentes esferas letradas de poder. |
LEIA Artigo Completo em PDF: | |
Trilha Principal: | Produção Textual no Computador |
Trilha Opcional: | Linguagem e Tecnologia |
Área do conhecimento (CNPq): | Educação |
Instituição: | Universidade Federal de Alfenas |
Palavras-Chave: | Scratch; Narrativas digitais; Estudos socioculturais. |
Mesa (1): | Christiane Heemann |
Mesa (2): Mesa (3): | Isabel Coimbra Rodrigo Vieira Rezende |
Eliana e Gabriel
Parabéns pela pesquisa realizada. Tenho dois questionamentos:
1) De que forma o Scratch pode colaborar para a formação dos alunos como indivíduos letrados digitalmente?
2) Por que ações construtivas com o uso de tecnologias na sala de aula podem ajudar na desigualdade das diferentes esferas sociais?
Obrigada!
Olá, Christiane! Tudo bem?
Obrigada pelas contribuições ao ler nosso trabalho.
Para responder às suas perguntas, primeiro precisamos definir o que entendemos por ser "letrado digitalmente". Resumidamente, seria o aluno saber se comunicar em ambientes digitais tendo um propósito.
Scratch é uma linguagem de programação utilizada por milhares de adolescentes (nossos sujeitos de pesquisa) e nela os alunos podem programar, compartilhar e remixar projetos (cartões, jogos, narrativas digitais) em uma plataforma (como se fosse uma rede social). Para tal, eles devem fazer buscas na internet, usar imagens, áudios, textos para elaborar aquilo que deseja (por exemplo, a Narrativa Digital) com um propósito (no caso da pesquisa, era conscientizar a população local dos cuidados com a natureza). Com isso, oferece oportunidades para que saibam se comunicar no mundo digital.
Por ser uma linguagem de programação usual e gratuita (inclusive pode ser usada off-line), poderíamos dizer que o Scratch proporciona ao indivíduo a participação em diferentes esferas (como a artística, a do entretenimento), proporcionando milhares de leitores para esse texto (não é apenas o professor que lerá a narrativa do aluno). Esse tipo de produção textual garante que a prática seja real.
Mais uma vez, muito obrigada.
Abraços!
Ola Christiane,
Obrigado pelas perguntas!
Este trabalho se contextualiza no projeto de extensão Pensando em Códigos na Universidade Federal de Alfenas e, desde o início, pensamos em levar conhecimentos do pensamento computacional para a população, desde o fundamental 1, até os pós-graduandos... por que isso? Por que acreditamos que a compreensão desses princípios auxilia as pessoas na resolução de problemas do dia-a-dia, auxilia na criação de materiais próprios e autênticos, a partir dos quais podem construir diversas habilidades sócio-cognitivas-afetivas, como no caso do ensino de língua portuguesa.
Os sistemas de autoria trazem uma satisfação grande aos envolvidos diante de suas criações, é olhar o aluno como agente ativo e colaborativo.
Além disso, essa concepção vai de encontro com a formação de pessoas que saibam quais tecnologias e como usar essas, de forma consciente e significativa.
Att, Gabriel
Bom dia a todos!
Prezados coordenadores e autores, infelizmente o arquivo do trabalho não abre para a visualização e leitura. Poderiam ver o que aconteceu?
Grato pela atenção,
Marco Antônio Peixoto
Bom dia, Marco.
Desde já peço desculpas pelo transtorno. Vou enviar email para o Carlos. Talvez ele posso ver o que aconteceu, pois, para mim, o artigo abre normalmente.
Até mais. Abraço!
Caros Eliana e Gabriel,o texto de vocês é bem escrito e também nos é instigante!
De fato, as tecnologias digitais educacionais têm estado cada vez mais presentes na vida de professores e alunos no ambiente escolar.
Vocês compartilham sobre a pesquisa com Scratch como uma ferramenta versátil e oportuna para o trabalho no contexto escolar em especial o discente na escola pública. Percebo que é também um trabalho de inclusão digital.
Nesse sentido, gostaria que vocêa comentassem conosco, sobre o trabalho de letramento digital para com os alunos calouros nesse processo.
Abs
Isabel Coimbra
Olá, Isabel.
Obrigada pelos elogios dirigidos ao nosso trabalho. Gabriel e eu ficamos honrados!
Em relação ao letramento digital, trabalhamos colaborativamente, como orienta nosso referencial teórico. Wertsch, criador da Teoria da Ação Mediada, teoria esta que guiou todo processo de construção de narrativas digitais, afirma que é na interação entre os agentes e as ferramentas usadas nesta ação que o conhecimento se constrói. Dessa forma, ao permitir que as atividades fossem feitas em duplas e estas pudessem também interagir entre si, os sujeitos que apresentavam alguma dificuldade (por exemplo, de programar, salvar fotos, buscar por imagens, gravar áudios etc.) puderam por meio da mediação entre os pares e com os demais agentes (a professora e eu, enquanto observadora participante) caminhar rumo à autonomia em relação ao domínio de tal letramento.
Mais uma vez, muito obrigada!
Abraço!
Cara Eliana e equipe,
Gostei muito da abordagem para o letramento digital!
Mais uma vez parabens!
abs
Isabel Coimbra
Obrigado, Eliana!
Se for possível poderia me enviar por e-mail para a leitura?
Grato pela atenção!
Marco Antônio Peixoto (professormarcoap@hotmail.com)
Bom dia, Marco.
Enviei o trabalho por email.
Boa leitura!
Abraço!
Bom dia, Eliana!
Confirmo o recebimento e agradeço pela atenção.
Abraço,
Marco
Ola,
Acesse o arquivo pelo link abaixo:
https://drive.google.com/file/d/1o37PALAPR_KnYiMgvUJfFNIFAxMTOHt-/view?usp=sharing
Boa leitura, Gabriel
Obrigado, Gabriel!
Eliana e Gabriel,
Gostaria de parabenizá-los pelo desenvolvimento da pesquisa e pela aplicação do trabalho. Acredito e defendo o uso cada vez mais das novas tecnologias no ambiente escolar. Percebo que o Scratch é uma ferramenta que precisa ser mais utilizado nas salas de aula como recurso pedagógico. Após a leitura do trabalho fiquei pensando, refletindo sobre o uso das novas tecnologias no processo educacional e seus desdobramentos. Gostaria de saber as suas opiniões a respeito da resistência por parte dos professores em utilizar esses recursos tecnológicos em sala de aula. Vocês sentiram, perceberam essa situação durante a pesquisa?
Oi, Marco. Que bom que recebeu o texto.
A pesquisa foi realizada em uma escola pública estadual de Minas Gerais. A professora de Língua Portuguesa dos sujeitos pesquisados também era mestranda do Programa de pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Alfenas. Nessa escola, os demais professores ficaram bastante interessados pelas atividades que desenvolvíamos, mas usavam pouco tecnologias em sala de aula.
Eu também trabalho em escola pública estadual, mas no interior de São Paulo e vejo muitos professores resistentes quanto ao uso de tais artefatos (sejam quais forem). Dizer exatamente as causas desse não uso fica difícil, pois cada um tem suas versões para o fato. No entanto, observo que o medo de errarem na frente dos alunos é o que mais leva à essa negação.
Como vc percebe essa situação no seu cotidiano?
Bom dia, Eliana! Achei o tema bem interessante, ainda mais que estou trabalhando com o Scratch nas disciplinas de algoritmos no curso que estou fazendo. Tentei abrir o arquivo, mas não consegui! Poderia enviar para mim? geliska@gmail.com
Muito obrigado!!!
Boa tarde, Geraldo. Você está gostando da experiência de trabalhar com o Scratch?
Encaminhei o artigo por email.
Boa leitura.
Abraço!
Obrigado pela relato de suas experiências, Eliana! Concordo com você, realmente boa parte dos professores tem essa resistência com receio do novo. E nem todos estão abertos ao aprendizado, ao erro, a mostrar que tem limitações.
Bom dia!
O tema proposto, fala de uma linguagem de programação que foi criada se não mi engano no ano de 2007, criadas para crianças já começarem a programar com, entretenimento de jogos e cálculos matemáticos, tendo em vista as funções do Scratch, poderá ser usadas nas escolas publicas e auxiliando em outras disciplinas.
Sim, Hugo. Foi criada em 2007. Muitos estudos mostram as vantagens de usar o Scratch em aulas de Ciências, Biologia, Matemática e várias outras disciplinas.
Sugiro como leitura: http://bdtd.unifal-mg.edu.br:8080/handle/tede/1370
Obrigada pela contribuição!
Abraços!
Prezados (as) autores (as),
se possível também gostaria de cópia do trabalho.
rodrigorvieira@edu.pbh.gov.br
Obrigado.
Boa tarde, Rodrigo.
Já enviei o artigo.
Boa leitura!
Abraços!
Acesse o artigo aqui: https://drive.google.com/file/d/1o37PALAPR_KnYiMgvUJfFNIFAxMTOHt-/view?usp=sharing
A dissertação completa aqui: https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1370
O uso das tecnologias da informação e comunicação na Educação traz diversos benefícios para o processo de ensino-aprendizagem.
O uso do Scratch na Educação Básica abre diversas possibilidades de aplicações, podendo também incentivar a interdisciplinaridade, a produção coletiva e colaborativa do conhecimento, além de levar atualização frente ao ensino e construção de tais conhecimentos.
O desenvolvimento de atividades com essa faz com que o ensino, especialmente o público, tornando-o eficiente, eficaz e eficiente.
Olá, Jader! Boa tarde!
Isso mesmo. O uso de tecnologias em sala de aula é mais um recurso que pode tornar o processo de ensino e aprendizagem produtivo e prazeroso!
Obrigada pelas contribuições!
Abraços!
Olá Eliane!
Muito interessante e importante seu trabalho! Eu já tinha ouvido falar nesse recurso e de suas imensas possibilidades, mas infelizmente ainda não pude utilizar em sala de aula com meus alunos.
Você faz uma afirmação muito condizente de que apesar das novas tecnologias estarem na vida de professor e aluno, elas dificilmente são encontradas em sala de aula de forma efetiva. O professor desvalorizado não tem feito muito mais que utilizar recursos centrados nele mesmo, como a aula expositiva. Como poderíamos na sua opinião reverter esse quadro?
Parabéns
Adriana
Boa tarde, Adriana. Primeiro, obrigada pelas contribuições.
Na verdade, a resposta para sua pergunta é bastante complexa, pois em muitas escolas públicas faltam recursos materiais (os computadores quase nunca funcionam ou não há número suficiente de máquinas), os professores ainda se sentem desencorajados a trabalhar com o que também não dominam. Então, acredito que um primeiro passo seja a formação continuada e o segundo, o professor conseguir trabalhar com aquilo que tem (fazer grupos de trabalho, usar o celular dos alunos, usar aplicativos que não precisem de internet para execução).
Ressalto que esse seria um bom começo...
Vc concorda com isso?
Abraços!
Ola Adriana,
Interessante e importante colocação! Precisamos pensar em formas de valorizar e motivar o professor e acredito que uma das formas é o professor ter um bom retorno dos alunos, sentindo os mesmos motivados e que o trabalho dele fez/faz a diferença na vida dos alunos.
Ensinar e aprender é um processo muito mais que cognitivo, mas afetivo ;)
Nesse sentido, os sistemas de autoria trazem um novo olhar, do aluno como autor de sistemas digitais, que ele mesmo pode levar de casa um smartphone ou mesmo um computador por grupo de alunos, e partir disso, pensar em práticas integradas e lúdicas nas quais o aluno passa a ser o criador... e é tão bonito quando o aluno vê sua criação ;)
Saiba mais sobre o projeto Pensando em Códigos, no qual este artigo se contextualiza: https://www.unifal-mg.edu.br/lme/projetos/pec/
Canal com vídeo aulas: https://www.youtube.com/channel/UCpq9PcIWersKb31Dcf0A6Ag
Att. Gabriel
Primeiramente, parabéns pelo trabalho e a maneira de abordagem. Este trabalho é interessante pois trata de um assunto pouco explorado por nós educadores , que é a inserção das ferramentas digitais no contexto da sala de aula. Entendemos , pelo trabalho exposta, a importância do letramento digital e a incorporação destes pelos estudantes pode conferir uma maior autonomia e despertar um interesse ainda maior pelo conteúdo ensinado.
Oi, Tiago. Obrigada pelas contribuições.
Sim, os resultados de nossa pesquisa apontam que houve um aumento de interesse dos alunos pelos conteúdos trabalhados.
Muito obrigada!
Abraços!
Parabéns pelo trabalho! Gostaria de desenvolver alguma atividade usando o scratch nas minhas aulas
Thais, boa tarde.
Seus alunos vão gostar de usar o Scratch.
:)
Olá, Eliana! Acabei de ler o artigo! Sou professor de português e achei bem interessante o uso do Scratch para a construção de narrativas digitais. O que torna seu trabalho mais interessante ainda foi a oportunidade de aplicar a ferramenta com os alunos (imagino a empolgação deles diante das figuras, como o morcego, e do que poderiam fazer).
Essas práticas de letramento que permitem ao aluno aprender, sem a necessidade de tarefas mecânicas e tendo que escrever um trabalho para o professor ler e dar nota.
Aproveitando, o Prof. Gabriel é uma pessoa muito querida! Trabalhamos na UNIFAL-MG. Inclusive depois eu vi que você fez o mestrado com ele! Que legal!
Acompanharei novas discussões sobre as ND e o scratch!!!
Gabriel é muito querido mesmo, Geraldo.
Os alunos ficaram muito empolgados sim. Eles vibravam a cada descoberta.
Obrigada pela leitura do nosso trabalho.
Grande abraço.
Parabéns pelo trabalho!!
Oi, Ana. Tudo bem?
Ficou alguma dúvida? Gostaria de algum esclarecimento?
Grande abraço!
Parabéns autores ! Interesante o trabalho em questão.
Oi, Angélica. Que bom que vc gostou do nosso texto.
Vc já conhecia o Scratch? Gostaria de usá-lo?
Abraço!
Oi, Daniel.
Aplique sim. Depois, compartilhe comigo sua experiência com o Scratch: elianabrochado@gmail.com
Grande abraço!
Contar histórias sempre é uma das habilidades que caracterizam o ser humano. Na escola, as técnicas e modelos utilizados para incentivar o aluno a narrar (ficções) podem ser incrementadas com o uso de ferramentas como a descrita por vocês.
Parabenizo pelo rigor com que conduziram o experimento. Sugiro, se me permitem, retrabalhar o texto para que professores das escolas de ensino básico possam ter acesso aos resultados e, principalmente, à metodologia empregada.
Boa noite, Pedro.
Obrigada pelas considerações. Pensaremos com carinho em retrabalhar o texto para que chegue até os professores.
Abraços!