Autora: | Denise Alves Soares Veridiano |
Resumo: | Neste artigo debruço-me sobre o material obtido em um curso de formação continuada de professores via WhatsApp com um olhar para as interferências do corretor ortográfico automático nos textos curtos presente nas interações entre participantes no ambiente do curso. Discorro um pouco acerca das possibilidades de ativação, configuração do recurso corretor e das situações de falhas mecanismo, aponto para a concepção de língua de Bagno (s.d). Por meio de exemplos, analiso e discuto algumas ocorrências de interferência do corretor automático. Concluo, portanto, que o contexto do WhatsApp de interação imediata e o teclado em um espaço pequeno de tela favorecem os erros de digitação e a desatenção para os destaques de equívocos apontados pelo corretor automático. No entanto, isso não prejudica a interpretação e compreensão das mensagens. |
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Trilha Principal: | Linguagem e Tecnologia |
Trilha Opcional: | Educação e Tecnologias |
Área do conhecimento (CNPq): | Linguística Aplicada |
Instituição: | PosLin UFMG |
Palavras-Chave: | Corretor automático; WhatsApp; formação de professores |
Mesa (1): | Raquel Madrigal Martínez |
Mesa (2): Mesa (3): | Elaine Teixeira Rodrigo Vieira Rezende |
A proposta aborda a questão do corretor ortográfico que ora ajuda na escrita, ora atrapalha o cotidiano de todos aqueles que fazem uso dele.
Dessa forma, a autora aborda o uso do corretor em uma rede social digital em um curso voltado para professores, trazendo reflexões sobre o ele.
Sejam todos muito bem-vindos e aproveitem da discussão!
Elaine Teixeira (Coordenadora de mesa)
Obrigada pela acolhida, Elaine. Sua síntese do meu artigo está perfeita!
Estou disponível para as discussões.
Oi, Denise! Tudo bem?
Muito relevante, nos dias de hoje, pensarmos em recursos que tanto utilizamos, como os corretores automáticos.
Vc descreve o trabalho desenvolvido com professores de português. Vc já pensou em ter os alunos como sujeitos de pesquisa?
Ressalto que também não acredito que o corretor seja um vilão, mas assumo que em algumas situações, além de colocar o asterisco e a palavra que desejava, escrevo "maldito corretor!!!". rsrsrs
Um abraço!
Oi, Eliana, o corretor nos irrita algumas vezes.
Em minha pesquisa de mestrado e agora no doutorado estou trabalhando com Formação de professores, por isso são os sujeitos de pesquisa. Mas sua proposta é uma ótima ideia.
Obrigada!
Artigo muito relevante que traz à mesa o debate sobre os corretores ortográficos. Certamente trata-se de tema polêmico. Se um dia for feita uma pesquisa informal com professores sobre o uso de corretores, imagino que muitos o “condenariam”. Particularmente, tenho mais dúvidas do que certezas, entre elas: A aversão aos corretores não seriam parte de uma fobia social contra tecnologias digitais e de apego às velhas tradições? Será que podemos afirmar que há um conflito entre norma culta e coloquial? Penso que a fluidez da comunicação estaria garantida a partir do momento em que todos possuam consciência de qual gênero textual está sendo utilizado, ou seja, sabendo que se trata de comunicação via aplicativo instantâneo, que comporta abreviações, não há de falar em conflito. Conforme o trabalho mostrou, as pessoas conhecem a dinâmica desta comunicação, tanto que perante alguns “erros”, estes são ignorados pelos demais. Parabéns pelo trabalho.
Rodrigo (Coordenador de Mesa)
Que comentário riquíssimo, Rodrigo! Concordo que é notório essa 'birra' dos professores com o Corretor. Penso que algo similar ocorria há uns 20 anos com o uso de dicionário. Mas, como linguísta, entendo que o conflito reside em qual língua se ensina na escola, na concepção de língua como objeto estático, etc.
Olá Denise,
Que análise super interessante. Com certeza o corretor já causou vários problemas entre casais e nos grupos de família. Eu mesma já passei por diversas situações embaraçosas por causa do corretor do whatsapp. O seu trabalho investiga o erro de professores de Língua Portuguesa, fico imaginando uma pesquisa entre os alunos. Já pensou um corpus de um grupo de adolescentes? Acho que seria uma pesquisa muito interessante. Parabéns pelo trabalho!
Ei, Natália! Boa sugestão de corpus. Seria interessante mesmo.
Obrigada pela leitura.
Boa noite, prezada autora e caros colegas!
Neste mundo tecnológico e conectado onde as pessoas se comunicam de forma mediada por aplicativos, entendo que é necessário estar atento quanto a interação correta, observando sempre os possíveis equívocos que podem ser causados pelos corretores ortográficos. Enfim, quem nunca passou por uma situação assim, que atire a primeira pedra (risos)! Parabéns pelo trabalho!
Obrigada, Patrícia! Pois é, penso que o filtro de atenção aumenta proporcionalmente à formalidade da interação.
Parabéns pelo trabalho!
Eu sempre tive problemas com esses corretores automáticos... rsrsrs
Eu queria escrever determinada palavra e ele corrigia e colocava outra. Nunca gostei.
Obrigada, Thais!
Embora ainda suscite bastante polêmica e discussão, os corretores ortográficos automáticos quando utilizados consoante a finalidade para qual foram criados, tendem facilitar mas nao acomodar os alunos no cuidado com a escrita.
Exatamente, Gilvan. A ferramenta é útil se utilizada criticamente.
Olá, Denise
achei a discussão incitada pelo seu artigo muito pertinente para nós, professores de língua. Nossos alunos digitam o tempo todo. Por que não transformar, então, em uma ferramenta pedagógica de aprimoramento na escrita de língua materna?
Parabéns, tema interessante.
Já tive problema com o corretor do meu celular, tentei escrever uma palavra e corretor colocava outra. Isso pode ser bom, mas pode atrapalhar também. Com todas essas tecnologias estamos a cada dia mais acomodados e procurando facilidade em tudo.
Às vezes pode incomodar. Mas, penso que a postura crítica e ativa diante dos recursos digitais é o ideal.
Parabéns pelas reflexões empreendidas!!
O corretor ortográfico auxilia em nossas escritas. No entanto, não podemos ficar dependente dessa ferramenta, já que ainda não há confiabilidade total. Além disso, a leitura e a escrita são ações necessárias para desenvolvermos o processo de ensino e aprendizagem. Quando ficamos dependente de uma ferramenta, podemos vir a "emburrecer".
Obrigada pela leitura, Ana Sara.