Autores: | Mauricio Teixeira Mendes, Natália Eliza Novais Alves |
Resumo: | No presente trabalho, abordaremos o conceito de Letramento Crítico (LC) de Mattos e Valério (2010) e sua relevância para o ensino e aprendizagem de língua inglesa. Brevemente, discutiremos o conceito de “brechas” proposto por Duboc (2005) e como elas podem ser uma estratégia para que o professor possa proporcionar um ensino voltado a aguçar a criticidade dos estudantes, principalmente para que possam ser mais atuantes na comunidade em que vivem. Apresentaremos um plano de aula desenvolvido em uma escola do campo do Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais. Tal atividade foi proposta como fechamento da disciplina “Novos Letramentos - Autores Brasileiros”, do programa de pós-graduação em Estudos Linguísticos (Poslin) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que ocorreu no primeiro semestre de 2019, no qual teríamos que propor uma aula que pudesse ser aplicada na educação básica, com duração de 50 minutos, dentro da perspectiva do letramento crítico |
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Trilha Principal: | Linguagem e Tecnologia |
Trilha Opcional: | |
Área do conhecimento (CNPq): | |
Instituição: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Palavras-Chave: | letramento crítico; brechas; ensino de língua inglesa; educação do campo |
Mesa (1): | Érika Amâncio Soares |
Mesa (2): | Valdete Aparecida Borges Andrade |
Boas horas pessoal.
Estamos aguardando, ansiosamente, contribuições para o nosso trabalho.
Procuramos descrever um passo a passo de um plano de aula de inglês, com o intuito de provocar nos educadores o pensamento de uma educação linguística, no qual o ensino de línguas deve se pautar na linguagem em uso, na língua viva, e não no ensino sistemático de regras gramaticais.
Sejam todxs bem vindxs!!!
Bora prosear?
: )
Gostaria de, mais uma vez, parabenizá-los pela iniciativa de produzir um trabalho relevante não só do ponto de vista acadêmico, mas principalmente pela perspectiva de ensino localmente situado, com foco no contexto de atuação e nas reais necessidades do corpo discente abordado. Sugiro tentativas de intervenção tendo a tecnologia como base, de forma a criar espaços para pensar e fazer nas comunidades onde vocês atuam. Se vocês tomarem essa pesquisa como um ponto de partida, podem usar as tecnologias mais acessíveis aos alunos para propor dinâmicas que ressignifiquem o papel deles dentro e fora da escola.
O artigo, tendo como base no conceito de
Letramento Crítico de Mattos e Valério (2010), apresenta um plano de aula, para
a disciplina de Língua Inglesa, desenvolvido em uma escola do
campo do Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais. O público alvo são alunos
do noturno que trabalham durante o dia e possuem diferentes ocupações
(agricultor familiar, vaqueiro, trabalhadoras domésticas, caseiros, carvoeiros.
Uma vez que as atividades dependiam de tecnologias digitais, os autores
verificaram quais tecnologias os alunos possuíam. A partir dessa informação, as
atividades foram desenvolvidas por meio não só do projetor de vídeo e notebook,
mas também de smartphones. Com a
tecnologia em mãos, os alunos se tornaram parte do processo de aprendizagem. O artigo apresenta atividades, tendo como base a linguagem em uso, para serem aplicadas em sala de
aula. Certamente, a discussão, mais precisamente, em torno dessas atividades será muito proveitosa.
Valdete (Coordenadora de mesa)
Achei esse artigo muito interessante estou desenvolvendo meu projeto de TCC com o tema "a leitura e suas estrangeiras como ferramenta de aprendizagem no ensino de L.I e dentre as concepções de leitura que estou usando destaco a leitura crítica, esse artigo ampliou minhas concepções acerca do ensino de leitura em l.i
Que bom que o nosso trabalho pôde contribuir para o seu TCC. Obrigada Daniel.
O artigo traz em um de seus temas algo primordial para uma educação de qualidade; o contexto. Pois quando se apresenta aos alunos uma disciplina que tem informações do seu dia a dia, cria um ambiente tranquilo e autônomo, faz com que o aluno se interesse mais, pelo fato de que o conhecimento que ele irá adquirir de certa forma auxiliará no seu desenvolvimento diário nas tarefas.
Verdade Fransciele, o contexto é sempre relevante e é por isso que temos que aproveitar as "brechas" do livro didático para proporcionarmos um ensino mais contextualizado.
Boa noite a todxs!
Trabalhar o letramento crítico na aula de língua inglesa é complexo e a proposta do trabalho de vocês é muito interessante. Trabalhar do global para o local aliado ao uso da tecnologia possibilita trabalhar o letramento crítico com mais criticidade, criatividade e interatividade. Não conhecia o site Mentimeter parece bem interessante. Além de slides, nuvem de palavras, quiz, o Mentimeter tem outras funções?
Sim, Maria. O Mentimeter pode ser usado para criar gráficos, realizar enquetes, dentre outras funções. O site é amplamente usado em vários contextos além da sala de aula como em workshops. Espero que você possa utilizá-lo.
Muito bacana a proposta de vocês, Maurício e Natália! Acredito que vocês atingiram o objetivo de, por meio da explicitação do estudo de caso e do plano de aula aplicado, inspirar professores. Estes, em outros contextos e junto dos estudantes, poderão realizar atividades que promovem uma reflexão crítica fundamentada.
Como sugestão, recomendaria que vocês explicitassem, na introdução, exemplos de dificuldades que o professor de língua inglesa encontra para discutir questões críticas em sala.
Obrigada pela sugestão Fernanda! Com certeza é uma ótima contribuição para o nosso trabalho.
Natália e Maurício, tenho trabalhado com letramento crítico na minha pesquisa, por isso, o artigo de vocês me chamou muito a atenção. Quero, primeiramente, parabenizá-los pelo trabalho tão rico! Acredito que aproveitar as "brechas" em sala para adaptar o plano de aula, a carga horária e também equilibrar o uso do livro didático para inserir discussões significativas para os estudantes enriquece muito a aprendizagem. Achei muito pertinente a escolha do tema para o público alvo. Acredito que esse plano de aula ajuda a desenvolver o pensamento crítico dos educandos através do produto (texto produzido) postado na fanpage da escola, aguçando nos estudantes o desejo de fazer algo concreto em prol do rio da comunidade, como mencionado por vocês no próprio artigo.
Que bom Jaque que nossos trabalhos são similares! Obrigada pelo feedback!
Gostei bastante de a atividade ter proporcionado aos discentes da localidade em questão o contato com essas teorias.
Acredito que propor atividades assim contribui significativamente para que mais professores tenham conhecimento do que estamos estudando na Universidade e que lhes dizem respeito.
A sugestão que tenho é apenas a retirada do nome da empresa de Saneamento Básico da cidade, pois acredito não ser tão relevante para a discussão proposta.
Abraço,
Stefani
Obrigada Stefani. Verdade, essa questão do nome concordo com você.
Parabéns pelo trabalho!
Abraços.
Muito obrigada Angélica!
Muito obrigada Angélica!
Nathália e Maurício, parabenizo a escolha de montarem um plano de aula baseado em três aspectos importantíssimos nos tempos atuais: o desenvolvimento da criticidade do aprendiz; a busca pela noção de cidadania e a participação ativa na sociedade atrelada à consciência ambiental e, o letramento digital por meio do uso de ferramentas das novas tecnologias que engajamento e potencializam o aprendizado do aluno. No meu entendimento essas três questões são imperativas para serem desenvolvidas tanto no ensino fundamental, quanto no médio e na EJA. E, para finalizar, ouso fazer uma sugestão: em algum momento da aula seria interessante mencionar a ativista Greta Thunberg como uma fonte de inspiração aos alunos em relação ao protagonismo ligado às questões ambientais.
Obrigada pela contribuição Kenya! Vou pesquisar sobre esta ativista que eu desconheço.
O letramento da língua em inglesa em uma escola do campo seria importante, diariamente podemos observa que a língua inglesa esta presente no nosso dialeto, sem percebemos estamos usando. Mas não basta ter um professor em sala de aula que não trabalhe com a realidade dos estudantes.
Obrigado pelas palavras Sônia.
Ha! braços
O letramento da língua em inglesa em uma escola do campo seria importante, diariamente podemos observa que a língua inglesa esta presente no nosso dialeto, sem percebemos estamos usando. Mas não basta ter um professor em sala de aula que não trabalhe com a realidade dos estudantes.
O letramento da língua em inglesa em uma escola do campo seria importante, diariamente podemos observa que a língua inglesa esta presente no nosso dialeto, sem percebemos estamos usando. Mas não basta ter um professor em sala de aula que não trabalhe com a realidade dos estudantes.
Parabpens pelo trabalho.
Muito boa a proposta de trabalho com a língua inglesa, abordando o conceito de LC, tão importante para nossos alunos do século XXI.
Obrigado pelas palavras Gustavo.
Ha! braços
Boas horas, gente boa!
Parabéns pelo trabalho de vocês super concordo que mudanças precisam de iniciativas e que essas iniciativas precisam ser tomadas com urgência. Anda acreditamos em aulas produtivas, mas é claro que muita gente tem que sair da zona de conforto, motivar alunos não é uma tarefa fácil. Os alunos costuma perguntar: -Porque eu tenho que aprender inglês? Não sei nem português direito. Nessa brecha é a hora de mostrar todos os pontos positivos de aprender uma segunda língua, mostrar a importância do inglês, como ele esta presente em nosso dia a dia. Quanto aos alunos do contexto do campo o plano de aula apresentado é excelente, trabalhar com a ralidade deles é primordial.
Boas hora, gente fina.
Prazer receber seu comentário.
Tamos juntos nesses desafios de buscar a beleza do ensinar que propõe Freire. Tendo novidades nos conte.
Ha braços!!!
Meus caros colegas Maurício e Natália,
Gostei muito da proposta de aula à luz do Letramento Crítico. Parabéns pela iniciativa! Acredito que os alunos devem ter gostado muito da aula e se engajaram com muito entusiasmo nas atividades propostas.
Eu gostaria de dar uma sugestão em relação à atividade de gramática. Existe uma outra forma de trabalhar gramática em aula de forma contextualizada. Vocês já ouviram falar sobre "Grammaring"? Larsen-Freeman considera como a quinta habilidade(listening, reading, writing e speaking) , onde ela é vista mais como um processo dinâmico do que um sistema de regras. O livro Uncovering Grammar, do Scott Thornbury, traz umas dicas bem interessantes de como abordar a gramática na aula de línguas. Além disso, gostaria que vocês compartilhassem com a gente o texto que vocês utilizaram na aula.
Abraços,
*parte do livro: http://www.onestopenglish.com/methodology/methodology/methodology-articles/pdf-content/uncovering-grammar/153825.article
Olá Leonardo.
Que bom te ter aqui. Fico lisonjeado com sua dedicação a leitura do nosso trabalho.
Agradeço sua dica. Não tinha conhecimento desta proposta de ensino de gramática. Vou dar uma olhada.