Autores: | Priscilla Tulipa da Costa; Dalmo Buzato de Souza Campos |
Resumo: | Os estudos da fala normalmente utilizam em suas pesquisas dados oriundos de transcrição da fala, entretanto, como apontam alguns autores, isso nada mais é do que língua escrita. É necessário, portanto, que se faça a distinção correta das modalidades da língua, para que haja a compreensão do fenômeno que está sendo estudado. Tendo em vista esse panorama, este estudo objetiva a realização de uma revisão teórica dos principais conceitos de língua falada e língua escrita no âmbito dos estudos de corpora orais, a fim de coletar informações sobre conceituação, classificações, implicações e outras questões iniciais relacionadas a essas modalidades linguísticas dentro da perspectiva dos estudos da fala. |
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Trilha Principal: | Linguagem e Tecnologia |
Trilha Opcional: | |
Área do conhecimento (CNPq): | Linguística, Letras e Artes |
Instituição: | CEFET-MG, Contagem |
Palavras-Chave: | Língua falada; Língua escrita; Sintaxe da fala espontânea; Corpora orais. |
Mesa (1): | José Ignacio Ribeiro Marinho |
Mesa (2): | Ederson Luís da Silveira |
Parabéns pelo trabalho das autoras. Está muito bem escrito!
Gostaria que as autoras comentassem a seguinte citação:
"Cresti (2000), a frase é considerada como uma estrutura
que pode ser interpretada sintática e semanticamente sem que haja, necessariamente, ligação
com um contexto, ou seja, ela pode ser analisada independentemente da realização
contextualizada. Já o enunciado é uma sequência realizada na instância da entonação, e ele
pode ser interpretado pragmaticamente de forma independente (ele é autônomo do
ponto de vista da pragmática)."
Vocês concordam que essa diferença entre "frase" e "enunciado" pode ser categórica?
Prezado Jeander,
Agradecemos a sua contribuição para o nosso trabalho!
Não sei se compreendi bem o que você quis dizer com "diferença categórica", mas entendemos que, a julgar pelas peculiaridades de cada uma das modalidades, a diferença se faz clara e marcante, haja vista que, conforme Cresti e outros autores já apontam, o enunciado é organizado nos domínios da ilocução, interpretável pragmaticamente e realizado por meio da entonação, enquanto a frase está no domínio lógico-sintático, sendo passível de interpretação por meios sintáticos e semânticos e funciona na comunicação independentemente do contexto em que aparece. E é por essa razão que a análise de eventos orais deve ser realizada com metodologias muito específicas e os dados devem ser tratados com parâmetros muito bem definidos, a fim de que não haja perda de informação importante para o conhecimento de um determinado fenômeno linguístico.
Olá, meninas!
Boa noite!
Tive a oportunidade de ler todo o artigo de vocês.
Texto excelentíssimo! Acrescentou-me, enquanto professor de Língua Portuguesa, muitas informações.
Sucesso!
Abraço!
Olá, José!
Muito obrigado pela avaliação e leitura do nosso artigo! Agradecemos também pela avaliação positiva e ficamos muito felizes de saber que nossa pesquisa acrescentou informações e conhecimento para você (assim como nos acrescentou também!). A produção deste artigo, feita pela professora de Língua Portuguesa e pelo aluno Dalmo (este que o escreve) foi de muito aprendizado para mim, enquanto estudante de 1º ano de Ensino Médio, mesmo este sendo uma breve revisão.
Agradeço novamente pela avaliação,
Att,
Dalmo Buzato
Parabéns pelo trabalho! Gostei muito dos quadros utilizados mostrando as características da Língua Falada e da Língua Escrita. Minha dúvida é acerca de como analisar os dados sem fazer a transcrição?
Olá Nathália!
Agradecemos a sua leitura de nosso trabalho!
Não se trata de não realizar transcrição. A transcrição é feita, porém, hoje temos ferramentas que nos permitem melhorar os procedimentos dessa atividade, tornando-a mais detalhada e fiel às situações do cotidiano. Especialmente quando falamos de fala espontânea, muitos aspectos, como a prosódia, são cruciais e a simples transcrição nos impede de ter acesso a esses dados. Há, atualmente, além da Linguística de Corpus, softwares que nos possibilitam alinhar texto e som ao mesmo tempo, favorecendo a visualização de detalhes importantes que influenciam nas análises. O Praat e o Winpitch, por exemplo, são programas que nos dão acesso a aspectos acústicos segmentais e/ou prosódicos por meio de análise superfina, o que nos possibilita uma metodologia mais confiável para análise de dados da fala.
Abs.
Olá Marina,
Agradecemos pelo seu comentário! Concordamos com sua posição e acreditamos que esse trabalho é uma forma de quebrar essa barreira escolar que possuímos na atualidade no trabalho com a fala.
Att,
Dalmo Buzato